Grupo de Leitura Mulheres e feminismo

Grupo de Leitura Origens e Estruturas Patriarcais

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Sobre

Estudaremos a história das mulheres e seus feitos coletivos e individuais em diferentes períodos históricos e territórios. O objetivo é ampliar o debate e a difusão de conhecimento sobre a participação de mulheres enquanto sujeitos históricos e políticos nas sociedades nos mais variados contextos mundiais, proporcionando mais consistência nos debates e produção de saberes.

O grupo de leitura é voltado para todas as pessoas interessadas e não exige nenhum conhecimento prévio. Estudantes, pesquisadoras, ativistas e interessadas no protagonismo das mulheres na história são bem vindas para compartilharem seus argumentos e ideias.

A condução é de Daniela Alvares Beskow. Leia abaixo sobre sua trajetória.

Ciclo 1

Iremos ler e debater coletivamente o o livro “Quando Deus era mulher” de Merlin Stone. Publicado em 1976, a edição brasileira é de 2022, da Editora Aleph.

“Antes de publicar este livro, em 1976, Merlin Stone passou quase uma década pesquisando as deusas na Antiguidade, período em que a vida social, política, econômica e cultural de muitos povos girava em torno da mulher. E como a religião tende a espelhar a figura dominante na sociedade que a pratica, a deidade feminina foi representada diversas vezes por esculturas e pinturas encontradas até hoje em vários sítios arqueológicos. Chamada por diferentes nomes, a Deusa contava com suas sacerdotisas que lideravam e guerreavam, eram poligâmicas e detinham o conhecimento sobre tratamentos medicinais naturais. No decorrer dos séculos, porém, novos grupos hegemônicos passaram a ver essas mulheres como prostitutas e bruxas, seus feitos foram reduzidos a lendas e a cultura da divindade feminina foi sufocada.”

Sobre Merlin Stone:

“Merlin Stone nasceu em Nova York, em 1931, e formou-se em Arte na Universidade de Buffalo em 1958, quando surgiu seu interesse por arqueologia e religiões da Antiguidade. Trabalhou como escultora e professora até 1967 e lecionou no programa de extensão da Universidade de Berkeley entre 1968 e 1972, onde se dedicou à pesquisa de culturas antigas. Depois de quase uma década de estudos, lançou este livro em 1976, no Reino Unido, com o título The Paradise Papers, renomeado nos Estados Unidos como When God Was a Woman. A partir de então, Stone se tornou uma das principais pensadoras da teologia feminina. Seu livro impactou profundamente o movimento feminista e as concepções sobre a deidade feminina (…)”

Daniela Alvares Beskow

Cientista política, escritora e artista. Coordenadora do Laboratório de Teoria, é Autora de sete livretos e publica textos curtos e análises em palavraemeiasemanal.com. Dentre seus temas de pesquisa estão o mapeamento do movimento de mulheres lésbicas no Brasil no séc. XXI; autoras lésbicas brasileiras; demandas feministas e obstáculos aos direitos das mulheres a partir do séc. XIX no Brasil; estruturas de violência, como o patriarcado e a heterossexualidade enquanto norma; a violência enquanto campo conceitual; ideias sobre feminilização e desfeminização; violência em movimentos sociais e relações interpessoais; epistemologia feminista; método e estratégia; e temas das artes cênicas. Coordena o Laboratório de Teoria. Sua formação acadêmica consiste em duas graduações e mestrado na UNICAMP, PUCSP e UNESP com bolsas da CAPES e FAPESP. Recebeu diversos prêmios na área de artes, como o PROAC e Lei Aldir Blanc, dentre eles o de reconhecimento de trajetória artística e cultural na cidade de Campinas à agentes que tenha prestado relevante contribuição ao município. Atualmente é especializanda em História Contemporânea e Relações Internacionais na PUCPR. Integra o Grupo de Estudos Fala Lésbica. Informações sobre seu trabalho: @daniela_beskow, @palavraemeiasemanal, www.palavraemeiasemanal.com, www.palavraemeia.com.