Grupo de Leitura Origens e Estruturas Patriarcais
Três encontros, sábados das 16h às 17h30
11/01, 18/01, 25/01
Valor:
- Encontros avulsos: R$30
- Ciclo completo: De R$90 por R$76,5 (15% de desconto)
Atualizações: @laboratoriodeteoria
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Sobre
No Grupo de Leitura Origens e Estruturas Patriarcais, iremos nos debruçar sobre livros teóricos das Ciências Humanas que abordam o regime de dominação patriarcal: origens, estrutura e funcionamento em diferentes períodos históricos e territórios. O objetivo é entender com profundidade detalhes deste sistema de organização política e social centrado na classe dos homens e que vem violentando, explorando e dominando as mulheres nos últimos milênios em diferentes partes do mundo.
O patriarcado tem origem geográfica e histórica, sendo um sistema mais recente na linha do tempo da humanidade, precedido por organizações sociais que valorizavam as mulheres e suas posições chave no funcionamento social.
Pesquisas arqueológicas, históricas e científicas abordam o regime patriarcal em sua multiplicidade ao redor do mundo, investigando o seu caráter adaptativo a cada cultura. Quais são as diferenças e semelhanças nos sistemas patriarcais nos diferentes países?
Venha estudar conosco!
Ciclo 1
Em janeiro de 2025 iremos ler “A criação do patriarcado” de Gerda Lerner.
“Em A Criação do Patriarcado”, Lerner desenvolve as seguintes proposições:
- A apropriação pelos homens da capacidade reprodutivas das mulheres ocorreu antes da formação da propriedade privada e da sociedade de classes.
- Os estados arcaicos eram organizados na forma do patriarcado.
- Os homens aprenderam a exercer dominação e hierarquia sobre outras pessoas praticando com mulheres do próprio grupo.
- A subordinação sexual das mulheres foi institucionalizada já nos primeiros Códigos Penais.
- A classe para os homens era e é baseada em sua relação com os meio de produção (quem tem os meios pode dominar os que não tem)
- O poder feminino é idolatrado por homens e mulheres (por meio de deusas) mesmo depois de as mulheres estarem subordinadas aos homens.
- As deus poderosas são destronadas e substituídas por um deu masculino dominante após o estabelecimento de um forte reinado imperialista.
- A emergência do monoteísmo judaico e depois judaico-cristão transforma-se em ataque a cultos de várias deusas da fertilidade.
- O único acesso das mulheres a Deus passa a ser na sua função de mãe.
- Essa desvalorização simbólica das mulheres em relação ao divino se torna uma das metáforas marcantes da civilização ocidental.”
Lola Aronovich, prefácio de “A criação do patriarcado”
Daniela Alvares Beskow
Cientista política, escritora e artista. Coordenadora do Laboratório de Teoria, é Autora de sete livretos e publica textos curtos e análises em palavraemeiasemanal.com. Dentre seus temas de pesquisa estão o mapeamento do movimento de mulheres lésbicas no Brasil no séc. XXI; autoras lésbicas brasileiras; demandas feministas e obstáculos aos direitos das mulheres a partir do séc. XIX no Brasil; estruturas de violência, como o patriarcado e a heterossexualidade enquanto norma; a violência enquanto campo conceitual; ideias sobre feminilização e desfeminização; violência em movimentos sociais e relações interpessoais; epistemologia feminista; método e estratégia; e temas das artes cênicas. Coordena o Laboratório de Teoria. Sua formação acadêmica consiste em duas graduações e mestrado na UNICAMP, PUCSP e UNESP com bolsas da CAPES e FAPESP. Recebeu diversos prêmios na área de artes, como o PROAC e Lei Aldir Blanc, dentre eles o de reconhecimento de trajetória artística e cultural na cidade de Campinas à agentes que tenha prestado relevante contribuição ao município. Atualmente é especializanda em História Contemporânea e Relações Internacionais na PUCPR. Integra o Grupo de Estudos Fala Lésbica. Informações sobre seu trabalho: @daniela_beskow, @palavraemeiasemanal, www.palavraemeiasemanal.com, www.palavraemeia.com.